O tamanho de minhas asas: uma confissão
Não tenho, neste momento, ideia alguma do que escreverei hoje... Talvez pela aflição de um sentimento que tomou posse do meu ser, como se tivesse atado minhas pernas (não me deixa sair do lugar), atado meus braços (não me deixa acenar por socorro), atado minha boca (não me deixa gritar), atado minha alma (perdi o ânimo)... Mas não conseguiu atar minhas mãos nem meu cérebro (não perdi a racionalidade), por isso escrevo. Mas antes de tudo, confesso: escrevo para mim, sem egoísmo. Se alguém ler e aproveitar alguma coisa, satisfeito ficarei. Mas ao contrário, caso não consiga atingir ninguém, paciência! Como disse Carlos Drummond de Andrade: “Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida.” Quando digo aflição é na verdade falta de entendimento. Claro, respeito todas as formas de viver, com culturas, religiões, línguas, opções sexuais e tantas outras diferenças que possa haver. E advirto: respeito dentro das minhas condições intelectuais e d...